segunda-feira, 12 de maio de 2008

Palmas para emagrecer!

Cresce o número de pessoas que busca perder peso em grupos de apoio. Elas compartilham, em reuniões, dúvidas, fraquezas e compulsão por comida. E aprendem a se alimentar com prazer, sem levar os problemas e as frustrações para a mesa.

POR FABIANA GONÇALVES



Quem nunca ouviu falar de alguém que tenha conseguido voltar à forma, ou ainda que tenha descoberto uma silhueta longilínia, nunca conseguida antes, por causa do antigo excesso de gordura. E o que é melhor, sem remédios, dietas loucas, etc. A causa dessa transformação vai muito além de uma reeducação alimentar. Afinal, não faltam pessoas que dizem saber o que são carboidratos, fibras, proteínas, gorduras e a importância que esses grupos alimentares têm para uma vida saudável. Mas elas comem certo?
Não, porque as porções sempre são muito generosas, ou seja, o aumento de peso é causado pelo excesso de consumo desses alimentos considerados ideais. Tudo isso, associado aos pecados da gula com doces e frituras, além da compulsão por vários motivos (raiva, ansiedade, medo, alegria), leva cada vez mais pessoas a procurar grupos de apoio para identificar as causas de suas "fomes".

Mais autoconfiança

A maior parte das pessoas que não consegue emagrecer não vê a diferença entre a fome física e a psicológica. "As nossas palestras, sempre com temas do cotidiano, têm como principal função o apoio psicológico. "Nas aulas, o aluno recebe da instrutora e do próprio grupo, que têm objetivos semelhantes, o apoio emocional necessário para efetuar mudanças em suas crenças alimentares, seu estilo de vida e seus relacionamentos interpessoais. O resultado é o emagrecimento como conseqüência do aumento da autoconfiança e da descoberta da força e do poder pessoal", afirma Claudete Iglesias, fundadora e diretora do Sistema Peso Ideal (SP) e ex-obesa.

Sem sofrimento

Para Fernanda Fernandes, gerente nacional dos Vigilantes do Peso, o emagrecimento que as pessoas estão acostumadas a almejar, com dietas rigorosas, é sinônimo de sofrimento, por isso elas engordam de novo com facilidade. "O lema dos Vigilantes é exatamente o contrário: 'comer bem com prazer'. E isso significa não apenas ter disciplina à mesa, mas aprender a escolher os alimentos e a prepará-los de maneira menos gordurosa e mais gostosa", explica.
"Sem contar que, durante as palestras, as pessoas aprendem o que chamamos de pensamentos preparatórios. Um deles é dizer 'não quero', quando estão satisfeitas. E não dizer o quase sinônimo: 'não posso', que significa 'estou proibido de comer isso ou aquilo'. O que passamos para elas é que, com os pontos flex (relação em número de cada alimento e quanto deve-se consumir de cada um) indicados, podem incluir um doce, um chocolate ou uma batata frita de vez em quando, desde que a quantidade do alimento não ultrapasse o número de pontos."

Para que você saiba direitinho como cada grupo de apoio faz o seu trabalho de auxílio ao emagrecimento, pesquisamos quatro deles, espalhados pelas capitais e principais cidades do Brasil. Confira a seguir como eles funcionam e escolha o que mais se encaixa ao seu perfil:

Os grupos trabalham com base na solidariedade, na informação sobre alimentos e no incremento da auto-estima de cada gordinho, para que ele encare com mais estímulo o seu regime





O que é: grupo de apoio a pessoas que necessitam emagrecer, fundado há14 anos. Ajuda moradores da região de Cotia, Vargem Grande Paulista, Caucaia do Alto, Granja Viana e São Roque, na Grande São Paulo, a emagrecer.
Como funciona: em reuniões semanais, as orientadoras dão palestras com assuntos variados, mas principalmente focadas em hábitos alimentares e nas causas que levam as pessoas a comer além do necessário, por ansiedade, raiva ou frustração. “Identificando as possíveis causas da compulsão, torna-se muito mais fácil controlar-se diante da comida e, claro, emagrecer. Mas digo sempre aos alunos que secar é fácil. Afinal, não faltam opções de dietas disponíveis. A maior batalha a ser vencida todos os dias é a manutenção do peso. Esta é para sempre”, afirma Marisa de Paula Souza, diretora do método. As calorias são divididas em: 1.200 para mulheres; 1.500 para os homens, gestantes, nutrizes e crianças a partir de 12 anos. Pessoas beneficiadas: 70% do total são obesas; outras 30% têm sobrepeso.

Quem são os vencedores: 90% são mulheres, com idade entre 35 a 40 anos.

Média de emagrecimento ideal por semana: entre 500 g e 1,5 kg.

Freqüência média do associado: um ano.

Pessoas no peso correto: 60% dos associados conseguem manter o peso após o processo de emagrecimento.

Quanto custa: R$ 45, a matrícula, e R$ 15 por reunião, pagos a partir da segunda semana.







O que é: a empresa, que existe no Brasil há 30 anos, tem 12 filiais espalhadas no País. Sua principal missão é ajudar as pessoas a atingir e manter o peso correto.Como funciona: em reuniões semanais, as orientadoras ensinam como seguir o Pontos Flex, atual programa de emagrecimento, além de técnicas que estimulam mudanças no estilo de vida, necessárias para quem quer diminuir medidas e permanecer saudável. O plano alimentar inclui uma cota diária de pontos flex que equivalem a 1.200 calorias para as mulheres e 1.500 para os homens, divididas em cinco refeições. Os intervalos entre elas são de 4 a 5 horas. As porções são sempre no tamanho da palma da mão. Ou seja, nada de exageros no volume do prato.

Pessoas beneficiadas: de acordo com Fernanda Fernandes, gerente nacional da Vigilantes do Peso, 70% das pessoas que procuram pelo método têm entre 5 kg e 15 kg para ser eliminados.

Quem são os vencedores: em sua maioria, mulheres (70%), mas nas reuniões noturnas e no atendimento às empresas, chamado de At Work, os homens, com mais de 40 anos, respondem por cerca de 20% a 30% de participação.

Freqüência média do associado: dois meses.

Pessoas no peso correto: cerca de 60% a 70% dos associados conseguem manter o peso após o emagrecimento.

Quanto custa: R$ 40, a matrícula, e R$ 20 por reunião, pagos a partir da segunda semana.








O que é: método de emagrecimento criado há 19 anos e que atua no Estado de São Paulo. O foco do plano de emagrecimento é o apoio psicológico, sem esquecer, é claro, que para emagrecer é preciso comer, sim, mas escolhendo melhor os alimentos.

Como funciona: para atingir o peso ideal, a pessoa interessada deve freqüentar os encontros semanais para receber todas as informações e dicas nutricionais, que possibilitarão hábitos alimentares mais saudáveis. São seis refeições diárias, que incluem todos os tipos de alimentos (carnes, ovos, leite, queijos, pães, frutas, arroz, macarrão, doces light, verduras, legumes e gordura). O número de calorias é dividido da seguinte forma: mulheres, 1.200; homens, 2.000, e crianças (a partir de 8 anos), 2.200.

Pessoas beneficiadas: 80% por obesidade, 20% com sobrepeso.

Quem são os vencedores: 95% são mulheres, sendo 60% com idade entre 30 e 50 anos. Média de emagrecimento ideal por semana: 1 kg.

Freqüência média do associado: oito meses.

Pessoas no peso correto: 60% dos associados conseguem manter o peso após o emagrecimento.

Quanto custa: R$ 50, a matrícula, e R$ 15, pagos a partir da segunda semana.






O que é: uma empresa que está há 21 anos no mercado e atua em São Paulo, Ceará, Paraná e Rio de Janeiro. “O programa de reabilitação alimentar ensina a pessoa a comer de maneira correta e saudável, nos horários determinados: café da manhã, almoço e jantar”, afirma Maria Eliza Zuccon, presidente nacional da Meta Real.

Como funciona: em reuniões semanais, as orientadoras ensinam como seguir o disco alimentar (uma sugestão de cardápio para vários dias, com indicação do tamanho das porções, onde a pessoa escolhe o que consumir de cada grupo alimentar), discutem temas relacionados ao cotidiano do associado, que refletem principalmente nos aspectos psicológicos que levam a pessoa a distinguir a fome física da emocional.

Pessoas beneficiadas: cerca de 30% das pessoas que procuram o método são obesas; 37% têm sobrepeso.

Quem são os vencedores: 75% são mulheres(entre 20 e 50 anos), 20% homens (entre 30 e 50anos), 5% crianças (a partir de 7 anos).

Média de emagrecimento ideal por semana: entre 500 g e 1,2 kg.Freqüência média do associado: 80% das pessoas freqüentam as reuniões até atingirem o peso desejado.

Pessoas no peso correto: 65% dos associados conseguem manter a silhueta após o emagrecimento.

Quanto custa: R$ 50, a matrícula, e R$ 20 por reunião. Há também um curso intensivo, de 24 aulas, para quem precisa emagrecer até 10 kg. São duas horas de aulas semanais, que custam R$ 450.


A grande sabedoria do emagrecimento sem sacrifício é comer bem, sem exagerar nas porções nem abrir mão do sabor e do prazer.

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